Antropoantro

 
ENREDE

 No meio do caminho, um obstáculo: uma grande estrutura de ferro, um desvio... Um lugar na periferia entre Paulínia e Campinas. O olho do artista vê, aí - no que para alguns é uma estrutura inacabada - a oportunidade de fazer uma arte de passagem, um fluxo de imagens no espaço e no tempo, um desafio ao Grupo Antropoantro.

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PROPOSTAS E OBJETIVOS

As artistas pretendem realizar uma obra que se revela aos poucos, exigindo ser vista em camadas e tornando visível uma parte da cidade que se tornara esquecida, "invisível" , apesar do seu tamanho.

A obra se apresenta ao longe, pelo vidro da frente do carro. Logo depois está na lateral e, em segundos, no espelho retrovisor: uma arte em trânsito, que se impõe e se furta ao mesmo tempo. Obra para ser vista apenas por um breve instante, o tempo que o carro leva para se desviar dessa estrutura gigantesca que interrompe, atravanca, atrapalha... Uma arte "trans", atravessada, transversa, em trânsito, EnRede, enredada entre Paulínia e Campinas, obra que aparece e some, se afirma e se nega.

O Grupo Antropoantro propõe-se a utilizar a estrutura metálica - situada na estrada que liga a Rhodia à cidade de Paulínia - para uma interferência artística. A idéia é a de transformar a estrutura, já existente, em uma obra de arte contemporânea.

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

- A estrutura terá as 18 colunas verticais (anteriores e posteriores) pintadas de branco, a partir do topo até 12 metros (a cerca de três metros do solo).

- Nove telas brancas de 150 m2 serão instaladas entre as colunas pintadas.

- Os tapumes e o mato necessitam ser retirados.